Melancolia...

Veneza, infância, e África... Turbilhão de recordações e vivências que, nesta 6ª década da minha existência, atinge proporções gigantescas. Sente-se a aproximação do términus, sem haver uma contrapartida de realizações, para além de tentativas goradas.

Tanto para fazer, e tanto desperdício de tempo, concentração e esforço...

Quousque tandem? Chi lo sa...

Temo pelas gerações vindouras (talvez como os meus antepassados temeram pela minha) mas resta a última esperança na Providencia que nos protege e, certamente, as irá a continuar a proteger....

Dia cinzento como os da gloriosa Serenissima.

Triste domingo (Szomorú Vasárnap)...

Vou ler e ouvir a Cecilia.

Kitartas...

La Diva em Lisbona

Em 9 deste mês de Fevereiro voltou a Lisboa a cara Cecilia para apresntar netre nós " Maria Malibran :La revoluzione romantica"...

Há meses que não havia bilhetes para a ver e ouvir no único recital na Gulbenkian. Ainda não tenho o CD mas já ouvi no You Tube a "Casta Diva" que é o supersumo da bela música e da belíssima voce.

Aconselho vivamente aos adictos...

Ad Astra.

Maria Filomena e Cesário Verde

Por indesculpável incúria minha ainda não li a biografia de Cesário Verde da autoria da minha socióloga preferida de quem desde já me acuso de confesso admirador, atento e venerando.
A polémica surgida no Diário de Notícias ( dias 8 e 9 de Fevereiro) sobre falsas cartas de autoria anónima mas subscritas por MFM e que criticam essa obra, são uma lufada de humor no habitual cinzentismo das nossa lides literárias sempre tão sérias e entediantes.
Embora considerada falsa a carta publicada no dia 8, tem um teor que quase subscreveria na totalidade se não estivesse formalmente mal redigida o que não acredito tivesse sáido voluntariamente da pena de quem tão bem maneja a escrita. Quanto á publicidade que confere à obra estamos completamente de acordo. Amanhã já tenho fisgada a compra do livro sobre o nosso desconhecido caixeiro da baixa lisboeta...
A hipótese maquiavélica de a "falsa carta" não ser na realidade forjada, seria na realidade digna do mestre Nicolau que naõ olhava a meios para atingir os seus desideratos finais...
Ad Astra.

O Baixo Ministro e o Alto Comando

Acerca da ignóbil proibição de as Forças Armadas poderem participar numa homenagem a um Chefe de Estado, assassinado há cem anos, veio ontem o baixo ministro da defesa dizer que a resolução teria sido do alto comando das FA, numa de desculpabilização espúria quando no mesmo dia, o actual Chefe de Estado participa na inauguração de uma estátua em Cascais a esse seu antecessor! E este quer se goste ou não, é o acual Comandante Supremo das maesmas FA!

O porta-voz do Exército, limitou-se, secamente a dizer que as FA cumprem as ordens do poder político. Entre a palavra de um militar e a de um político não houve nunca que hesitar. Os primeiros sempre foram fiéis à "palavra dada" ( com raras excepções...) enquanto os outros, os políticos, não devem sequer conhecer esse conceito que engloba coisas como a honra,a dignidade e a verticalidade, palavras e ideias cujo significado nunca aprenderam nas juventudes partidárias que frequentaram no carreirismo de baixa política que prosseguiram.

O que faz espécie e é preocupante, é o Alto Comando aturar um tão Baixo Ministro.

Ad Astra.