quinta-feira, maio 29, 2008

A Peninsula que já somos...

Li há poucos dias nos periódicos que um preclaro político de Barcelona teria afirmado que "a Espanha ainda e nunca digeriu a independência de Portugal em 1640". Caiu o Carmo e a Trindade dos nossos também preclaros media, que alegavam de modo geral ,que essa provocação era a inventiva de um separatista catalão que dessa maneira quereria dar mais força às ambições separatistas da Catalunha. O caballero em causa é dirigente de um partido local de sinistra e manteve ao arrepio do governo de Mdrid, conversações mais ou menos secretas com os beneméritos da ETA de tal modo que não voltaram a acontecer assassinatos e atentados bombistas na Catalunya depois dessa altura. Mas isso são pústulas locais que não nos interessam demasiado...
Os nossos opinion makers sairam à estocada proclamando a sua (deles) opinião, contrária ,contra a fatal desagregação futura do estado espanhol alegando, entre outras sabujices, que a dualidade ibérica era essencial para o nosso país, visto que nos aerópagos internacionais tinhamos, como entidade politicamente independente, o mesmo peso que a Espanha ( o que é objectivamente mentira). Que, se a Espanha se desagregasse em vários estados independentes, como irá proximamnete acontecer ao país Basco e à Catalunha, perderiamos a nossa voz num concerto dodecafónico de vários pequenos estados peninsulares.
Explicitada a questão em modos simplistas devo declarar que discordo. A Espanha actual está como todos sabemos a colonizar economicamente Portugal e a persistir a desgraça de quem desgraçadamente nos governa agora, não tardaremos a ser, de facto,mais uma região espanhola.
Assim, para contrariar a hegemonia centralista de Madrid é do maior interesse para Portugal acalentar o separatismo espanhol, que para além dos bascos e catalães está latente e virulento na Galiza, Andaluzia e Cantábria.
Portugal numa península ibérica hexa ou hepta estatal, tem a hipótese de ser a capitis do mosaico devido à perenidade das sua definição fronteiriça (mais de 800 anos...), à sua dimenção demográfica e em superfície, em relação aos outros novos futuros estados, embora em termos de desenvolvimento económico as coisas não sejam favoráveis aos antigos Lusitanos.
Não tenho, pois, qualquer constrangimento em declarar face ao constatável, que a pulverização do estado espanhol só será benéfica para Portugal quer em termos regionais quer no âmbito das relações internacionais,dando ao nosso país uma função de liderança dentro das organizações internacionais que decidem os destinos do mundo actual.
Se a Monarquia espanhola secumbir ( o que poderá acontecer brevemente com a proliferação das Letizias...) não tenho dúvidas que o único factor agregante do estado espanhol tal qual o conhecemos, irá por água abaixo, como se dizia em vernáculo.
Não tenhamos, pois, receio desse futuro que pode vir a ser, Deus o queira ,um caminho para a reafirmação do papel do nosso País no contexto das nações, re-adquirindo um lugar que por direito nos pertence no âmago da Civilização Ocidental ,para o estabelecimento da qual tanto contribuimos historicamente e cuja se vê ameaçada pela inépcia e falta de visão dos actuais governantes europeus.
Ad Astra.

2 comentários:

Anónimo disse...

Hombre!

Estas son palabras muy graves. Lo que Ud está diciendo constituye, en mi País Glosioso, crimen de Lesa-Majestad!
Ud, como Monarquico-Fascista no puede hacer afirmaciones que pongan en peligro la integridad de este Reyno.

Señor Vintage, solo su condición de simpatizante de la Falange lo libera de un desafío a un duelo.

Saludos afectuosos de

Juan Moscardó

Anónimo disse...

O que nosotros haciemos a los moscardós es esmagar-los subito...
Dolores Ibarruri