segunda-feira, abril 10, 2006

Sublime Porta

Chegado da Sublime Porta, inspirado pelo fausto do Império Bizantino/Otomano, maravilhado pela beleza do Bósforo, do Mar de Mármara, e do Corno de Ouro, fui, a partir de Munique, trazido, rudemente, de volta à realidade Lusa, na encarnação de seus indignos representantes, meus companheiros de vôo no pássaro de prata tipo lata de sardinha... Foi, creio eu, uma das piores viagens que jamais tive a infelicidade de fazer. O avião trazia cerca de 20 portugueses de baixa estirpe que gritavam, proferiam vulgaridades, e violentavam regras da mais básica educação... Foram tres horas de pura tortura... As pobres hospedeiras de bordo pouco podiam fazer para tenter manter um semblante de ordem, com tantas almas selváticas que mais não fizeram por, afortunadamente, termos passado por zonas de forte turbulência...

Mas, deixemos de quezílias porque de minimis non curat praetor, e vamos ao que realmente importa: ISTANBUL é, na verdade, uma cidade única e bela. Desde os seus parques até os monumentos, passando pela sua gente, tudo respira a CIVILIZAÇÃO!!!!!! O prazer de passear pelas suas ruas e vielas, de descobrir bocados do passado a conviver com uma modernidade que, ao contrário de outras cidades, não é ofensiva por ser perfeitamente harmónica.

As pessoas são de uma gentileza inusitada. Não existe língua neste mundo que não seja dominada pelos habitantes de Istanbul. No Grande Bazar, quando eu tentava escapar ás instâncias mercantís dos simpáticos vendedores alegando ser de uma obscura origem geográfica, ficava desarmado com a prontidão da resposta, em puro vernáculo, oferecendo-me o produto em causa com o perfeito domínio linguístico, desde o húngaro até o português, passando pelo lituano e o crioulo de Cabo Verde!!!

Bom, termino, feliz por lá ter estado e a recomendar uma visita prolongada!

Amplexo ao Vintage e Mujimbo. Para o ano, juntos em Constantinopla!

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