domingo, maio 22, 2005

Domingo

Terminada a repetição da magnífica "Così fan Tutte" do Johannes Chrisostomus Amadeus, Wolferl, como o chamava o amantíssimo genitor Leopoldo, junto-me ao século XXI para dar a minha contribuição ao debate nacional. Ví que um tal de Anonimus está mal disposto e me apoda de "bushista" (?). Tenho pena. Está um belo dia de sol, com algumas lindas nuvenzinhas (cumulus, nimbus e até alguns cirrus...). Não deveriamos apenas ver o lado obscuro das cousas. Hoje, p.e., estive de manhã a assistir às proezas atléticas dos meus netos no, imaginem, estádio da FNAT. Alí está, intacto, sem ter sido destruído pela revolução. Tal como o estádio olímpico de Roma. Apenas foi re-baptizado: 1º de Maio!!!!!! Que obra! Que gloria!

Terminados os jogos, seguimos para a loja dos periquitos e agora a família já conta com mais dois membros: 1 mãe, 2 netos, 2 avós, 2 pretinhas, 2 periquitos. Ontem faleceu o pardalinho bebé encontrado na saída do metropolitano....

Felicito o Vintage pela sua comunhão com o GFH. É necessária e fundamental.

Eu cá me sustento com o triste Amadeus. Mas digo que valeu à pena ver o Così fan Tutte. E pensar que ele a compôs um ano antes de morrer. Che meraviglia!!!!!

Agora termino com Ovídio:

Lusus habet finem; cygnis descendere tyempus,
Duxerunt collo qui iuga nostra suo.
Vt quondam iuvenes, ita nunc, mea turba, puellae
Inscribant spoliis "Naso magister erat"

(n.t. - por Naso leia-se Cirrus....)

Êsse também ajuda a encarar a vida.

Perdoem-me os detractores. Ovídio escreveu antes de 1789.... Sorry....

Cirrus

1 comentário:

Anónimo disse...

Prezados senhores,

Num blog cujos promotores se apresentam como defensores da pátria e dos seus bons costumes, o mínimo exigível seria um tratamento respeitoso da língua portuguesa. Mas não: sucedem-se os pontapés na gramática, tal a proliferação de erros ortográficos e de sintaxe com que premeiam os seus leitores. Se ao Sr. Mujimbo algo se desculparia, dado um processo de cafrealização avançada que o seu nome faz supor, aos outros dois mosqueteiros isso não se admite. Recomenda-se assim mais e melhor leitura.
Mais a sério, espero que desfrute da sua visita a Cuba, local magnífico. Não se deixe enganar por aquilo que os turistas portugueses classificam de “experiência engraçadíssima”: uma ida aos Paladares, casas de família cubanas onde servem provavelmente as piores refeições do mundo. Evite, recomenda este seu amigo.

Agradeço o epíteto de “direita politicamente correcta” com que o ilustre Sr. Vintage me brindou, bem como a sua divagação sobre qual a origem do melhor whisky. Se entende por “politicamente correcto” negar terminantemente uma visão revisionista da História, que visa desculpabilizar a besta nazi, à custa das atrocidades do carniceiro georgiano Josef Stalin, então serei-o com orgulho. Nada mais cínico que desculpabilizar o hediondo regime nazi pura e simplesmente porque "o doidinho do Staline matou mais gente", porque os gulags eram piores que os campos de extermínio alemães, etc.
Quanto ao whisky, apraz-me saber que prefere o irlandês ao escocês. Gabo-lhe o bom gosto. Também no seu caso de vintage, de que deduzo seja apreciador, sugiro-lhe um Quinta do Vesúvio 95, que se deixa beber muitíssimo bem.

Finalmente nós, Sr. Cirrus. Ao contrário dos seus colegas de blog, ainda não tinha tido até hoje o prazer de receber sequer umas singelas linhas da sua parte. Estava triste. Pensei provocá-lo, mas o seu comentário sobre Ceausescu comoveu-me. Triste é pensar que um jornal francamente mau e jacobino como O Público é, seguramente, o melhor jornal da actualidade em Portugal.
Mas agora estou contente porque uma mente brilhante como o Sr. Cirrus, que até conhece pensadores romenos da primeira metade do séc. XX, perdeu uns segundos a dirigir-se a mim. É que estou mesmo contente!!

Aceitem um abraço deste sempre vosso

Scotch