quarta-feira, setembro 21, 2005
Aux armes citoyens...
As diatribes e sandices que se tem escutado sobre as questões sindicais que opõem os soydisant militares ás denominadas chefias, é o fruto maduro da incompetência e falta de sentido de Estado dos políticos e partidos que tem conduzido o destino (triste) das Forças Armadas depois do 25 barra quatro.
Se nessa altura muitos actores se portaram para além das portas da traição em conúbio indecoroso com o Inimigo (auxiliados por inefáveis e vis políticos do rectângulo europeu) a Instituição Militar tinha nos ùltimos anos recuperado alguma da dignidade que fora seu apanágio noutros tempos.
A criação das "associações", a despudorada dessacralização do papel das F.A., culminada com o fim do Serviço Militar Obrigatório converteu a Instituição num bando de mercenários para quem os valores da Pátria, do Sentido de Serviço e de Dever foram transformados em "tempos de serviço", "remunerações extraordinárias ", "messes" a preço da uva mijona e outras mordomias das quais os próceres do 25 nunca abdicaram, mesmo quando quiseram destruir a Nação e levá-la para os amanhãs que cantavam.
É certo que se salvavam na "merdiocriodade"" quase geral, alguns militares do quadro de oficias dos três ramos ,sendo também certo que nunca em termos de equipamento e tecnologia as FA foram tão bem tratadas.
Mas o virús da desegração do chamado Espírito de Corpo estava implandado e a imunodeficiência instalada.. Como se constata: ver o Chefe de Estado Maior General das FA a receber debaixo de ambiente de arruaça e contestação uma associação de sargentos é inimaginável no Ruanda e no Burundi quanto mais num país europeu que faz parte da Nato.
Sinto e digo isto com amargor e tristeza, eu que apenas fui no meu tempo um modesto Oficial Miliciano, tendo tido embora a honra de servir no Ultramar.
A ilustração inicial não podia deixar de ser do Conde Balthazar e o olhar do cavalo lembra alguns políticos coevos. O tratador é Marroquino (autor dixit...)
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