Regresso depois de ter sido martirizado pelo Chostakovitch (1906-1975) na Aula Magna da Universidade de Lisboa, por ocasião das festas Pátrias. Já estava mal disposto depois de ter visto a grotesca cena da entrega das grã-cruzes das vilipendiadas Ordens a uma corja que nem sequer sabe como prestar tributo a tais símbolos sagrados. Que cerimónia mais ofensiva... Sem mencionarmos o "emocionado" e "lacrimejante" discurso do "patriótico" Chefe de Estado... Depois do Concerto nº 1 para violino e orquestra, em Lá menor, op. 77, do dito soviético, fiquei pior que estragado.
A ovação tronitruante da "distinta" assembléia presente levou-me a reflectir sobre o que passará pela mente de seres, supostamente humanos, ao ouvirem a cacofónica conjugação de notas, e o que leva tais espécimens a elogiar verdadeiros atentados ao sentido de harmonia que a todos nos deveria elevar e separar das classes rastejantes. O concerto nada mais foi do que a prova cabal de que o comunismo apenas produz depressão e desespero...
A noute foi salva pela sinfonia de Brahms, nº 1, em Dó menor, op. 68. Mesmo assim, necessitei de ouvir o segundo acto da ópera Il Mondo della Luna do Haydn, já em direcção do lar.
O resgate final foi proporcionado pela leitura do duplo blogue do Vintage. Sempre actual, sempre "na mouche".
Agradecido pela inspiração, posso ir repousar meus velhos ossos.
Domani ritorno!
sábado, junho 11, 2005
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