sábado, junho 11, 2005

10 de Junho já no dia 11...

Regresso depois de ter sido martirizado pelo Chostakovitch (1906-1975) na Aula Magna da Universidade de Lisboa, por ocasião das festas Pátrias. Já estava mal disposto depois de ter visto a grotesca cena da entrega das grã-cruzes das vilipendiadas Ordens a uma corja que nem sequer sabe como prestar tributo a tais símbolos sagrados. Que cerimónia mais ofensiva... Sem mencionarmos o "emocionado" e "lacrimejante" discurso do "patriótico" Chefe de Estado... Depois do Concerto nº 1 para violino e orquestra, em Lá menor, op. 77, do dito soviético, fiquei pior que estragado.

A ovação tronitruante da "distinta" assembléia presente levou-me a reflectir sobre o que passará pela mente de seres, supostamente humanos, ao ouvirem a cacofónica conjugação de notas, e o que leva tais espécimens a elogiar verdadeiros atentados ao sentido de harmonia que a todos nos deveria elevar e separar das classes rastejantes. O concerto nada mais foi do que a prova cabal de que o comunismo apenas produz depressão e desespero...

A noute foi salva pela sinfonia de Brahms, nº 1, em Dó menor, op. 68. Mesmo assim, necessitei de ouvir o segundo acto da ópera Il Mondo della Luna do Haydn, já em direcção do lar.

O resgate final foi proporcionado pela leitura do duplo blogue do Vintage. Sempre actual, sempre "na mouche".

Agradecido pela inspiração, posso ir repousar meus velhos ossos.

Domani ritorno!

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