Elogios a um cafre

Isto não está mau: o famosíssimo e secretíssimo Scotch já me metamorfoseou do inicial cafre no único aggiornato deste trio Odemira; Vintage faz-me elogios que me ruborizam respeitantes ao escrevinhado e do Cirrus recebi, por outra via, a música mais "música" dos últimos, pelo menos, 5 anos. Antes disso, as quizombas, coladeiras, charro-charro e outras, não vou enumerar, alevantavam-me o moral para enfrentamento dos dias e das noites preclaras de Angola!
"I love you tonight" e "falcão 111" são exponencialmente o melhor da poesia e da música trovadoresca do século XXI, são a marca mais genuína dos movimentos que os Portugueses geraram no Brasil, na África, no mundo: a mestiçagem, já não falo da pele, mas da cultura e do sentimento!
E a que distância incomensurável se situa o clássico "Je t'aime, moi non plus", bem falado por Gainsbourg e gemido pela indizível Jane Birkin, ou o potente Percy Sledge, quando ouvimos "When a man loves a woman"?
Que nada! "I love you tonight" for ever! Um mimo!
Mas não esperem muito aqui do rapaz: sou cafre e sempre serei cafre, na alma, no fundo,na natureza, na esência, mesmo quando,sociedade obriga,sou, na existência, um europeu emprestado. 21.06 na FF? Impossível adivinhar.Neurónios em desalinho!