Parto, mas nada feliz. Custa-me deixar esta pobre terra nestas circunstâncias tão adversas, nas mãos desta canalha infecta, desta corja imunda que nem vergonha tem de anunciar barbaridades. Atónito pela imbecilidade do pseudo intelectual (e dramaturgo) Ministro dos Estrangeiros, e pela falta de honestidade política dos pseudo dirigentes máximos da Nação (pobre dela....), que nem coragem tem de o deitar ào caixote do lixo da História PÁTRIA.
Receio partir quando detecto um incipiente, mas crescente, movimento de revolta no ar. De venticello, está a passar a tempesta... Manifestações de camionistas, polícias, militares, funcionários públicos, professores, estudantes... Agora só faltam as donas de casa... Nessa altura, quem poderá assumir o leme deste barco abandonado pelos seus "capitães de Abril" à deriva? Onde estarão os honestos, os honrados, os dignos cidadãos prontos a resgatar essa nau?
Creio termos atingido o fundo do poço. Afundar mais é fisicamente impossível. A reacção é imperativa. Basta de aturar uma governação ineficiente e corrupta. Basta de clientelismos. Dá asco ver a hipocrisia "elegante" da classe dita dirigente nos almoços no Ritz, aos cumprimentos respeitosos enquanto conspiram descaradamente para destruir o País, cada um pelo seu lado.... Estou desiludido (bem, isto não é bem verdade porque eu NUNCA acreditei nesta "coisa" a que, depois da hedionda data de Abril de 1974, chamaram de democracia), porque não esperava que, em pleno alvor do XXIº século da era Cristã, na Europa, pudesse existir semelhante bando de criminosos...
Bom, felicito os meus camaradas Vintage e Mujimbo pela sua fidelidade aos VALORES que compartilhamos, e peço que mantenham a FIAMMA acesa durante o meu deambular continental. Procurarei aceder à Via Latrina de quando em quando.
Cumprimento efusivamente os nossos "colaboradores" Scotch e Camarada Zero, desejando-lhes boas férias, mas sugerindo-lhes também que mantenham a vigilancia porque "on sait jamais" nestes tempos que correm...
Lembrem-se da ária do D. Basilio (Barbiere di Siviglia) que, com as devidas alterações, se poderia aplicar ao sentimento actual dos Portugueses:
La rivolta è un venticello,
una auretta assai gentile
che insensibile, sottile,
leggermente, dolcemente,
incomincia a sussurrar.
Piano piano, terra terra,
sottovoce, sibilando,
va scorrendo, va ronzando...
prende forza a poco a poco,
vola già di loco in loco;
sembra il tuono, la tempesta
...
e ti fa d'orror gelar!
A Noi
Até ao meu regresso!
Cirrus Deambulator
quarta-feira, julho 27, 2005
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